quarta-feira, 4 de agosto de 2010

CURIOSIDADES SOBRE A CAPOEIRA...LEIA E APRENDA MAIS SOBRE ESSA ARTE DA CULTURA BRASILEIRA

CURIOSIDADES

Golpes e movimentos

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Ginga
Essa é uma exclusividade da capoeira. É na ginga, com malícia, que se desenvolve a verdadeira arte da capoeira. Seus movimentos desnorteiam o oponente, ocultando suas verdadeiras intenções e criando fintas enganadoras.

Golpes
Na capoeira existem muitos golpes, até mesmo os mais velhos Mestres de capoeira não "descobriram" golpes ainda não efetuados. Na capoeira você nunca acaba o treinamento, tendo sempre muito o que aprender.

Os golpes básicos são: negativa, cocorinha, rolê, aú, et...

Os golpes mais conhecidos são: queixada, armada, martelo, meia-lua de frente, chapa lateral, chapa de costas, chapa giratória, benção, meia-lua de compasso, meia-lua solta, rabo de arraia, gancho, ponteira, chapéu de couro, martelo giratório, etc...

Golpes (acrobáticos): macaquinho, aú-galeio, parafuso, macaquinho arrependido, pião de mão, quebra de rim, sdobrado, aú-olimpíco, aú-de-santo antônio, aú-torcido, aú sem mão, chibata, etc...

Outros golpes: gato, mortal, gato chutado, mortal chutado (facão), voô do morcego, etc...

Existem em geral bastante golpes, sequências e defesas isso vai da sua boa vontade de aprender a faze-los para poder uzar na hora de um jogo.

Instrumentos

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Os instrumentos utilizados na capoeira, têm como procedência, as mais diversas. Os mais utilizados hoje em dia são: o berimbau, o pandeiro, o atabaque, o ganzá, o caxixi e o agogô. A roda clássica de capoeira deve possuir 3 berimbaus (berra-boi, viola e violinha), 1 pandeiro e 1 atabaque. Os berimbaus ficam no centro do ritmo, ladeados pelo pandeiro e pelo atabaque.

Berimbal

É um arco de madeira específica, ligado pelas duas pontas por um fio de aço nº 20 (de pneu de automóvel), pois o fio de arame rompe muito rápido e não dá o som desejado. Numa das pontas há uma cabaça (Cucurbita Lagenaria, Linneu) que não deve ser usada de modo algum verde, quanto mais seca melhor. Faz-se uma abertura na parte que se liga com o caule e a parte inferior, dois furos, por onde deve passar um cordão para ligá-lo ao arco de madeira e fio de aço. Toma-se o dobrão (moeda antiga, pedra ou arruela), uma baqueta (vareta de 25 a 30cm), um caxixi e o instrumento está pronto para ser tocado. Como o tocador faz movimentos aproximando-o e afastando-o da barriga, vem a designação de berimbau de barriga. Aqui no Brasil ele é conhecido por: berimbau, urucungo, orucungo, oricungo, uricungo, rucungo, berimbau de barriga, gobo, marimbau, bucumbumba, gunga, macungo, matungo e rucumbo. Em Cuba é chamado de sambi, pandigurao, gorokikamo e burumbumba. Os berimbaus classificam-se quanto ao som que emitem em: Violinha - Som agudo Viola - Som médio Berra-boi - Som grave

Pandeiro

No Brasil, o pandeiro entrou por via portuguesa (origem provável é hindu). O negro aproveitou o pandeiro para utiliza-lo em seus folguedos. O pandeiro fez parte da primeira procissão que se realizou no Brasil, em 13 de junho de 1549 na Bahia (Corpus Christi). Atabaque De origem árabe, este instrumento de percussão foi introduzido no Brasil, também pelos portugueses, apesar de o mesmo já ser conhecido pelos africanos.

Caxixi

O caxixi é um pequeno chocalho feito de palha trançada com base de cabaça, cortada em forma circular e a parte superior reta, terminando com uma alça da mesma palha, para se apoiar os dedos durante o toque. No interior do caxixi há sementes secas ou pequenos seixos, que ao se sacudir dá o som característico.

Agogô

Instrumento musical de percussão, de ferro, introduzido no Brasil por africanos. O termo agogô pertence a língua nagô e vem do vocábulo agogô, que quer dizer sino.



Curiosidades para você aprender..

1)Brincadeira de negro.

Até o século XIX os "batuques" de negros eram estimulados por serem válvulas de escape e acentuarem as diferenças entre as diversas nações africanas.
A partir de 1814, começam a ser perseguidos - "brincadeira de negro"
torna-se fato social perigoso de acordo com textos legais.


2)Boçal.

No período de 1810-1830 era comum evitar uma maioria de escravos da mesma etnia numa mesma senzala. Os negros perdiam a liberdade, a língua natal, os costumes e até a identidade, misturados à africanos de outros povos. Até esse período seria bastante difícil ocorrer a mistura que daria origem à Capoeira - tendo em vista o antagonismo entre as etnias.

A partir daí, no entanto, a comunidade branca começa a incentivar as diferenças entre o "boçal"(o africano, ou aquele que recusava a integração. Não falava ainda o português) em oposição ao "ladino"(escravo integrado. Já falava português) e "crioulo" (negro ou mulato nascido no Brasil), favorecendo estes últimos com trabalhos mais brandos, perspectiva de ascenção social etc.

A comunidade negra, no entanto, muitas vezes valorizava o "boçal" em detrimento do "crioulo" ou "ladino", ainda que estes últimos fossem mais ricos - a africanidade("boçalidade", palavra que adquiriu sentido pejorativo) era garantia de manutenção de valores tradicionais.
Paralelamente, as rivalidades tribais perdem quase totalmente o significado, o que facilitará a síntese lutas/danças.

3)Rabo-de-arraia.

Jair Moura explica que o rabo-de-arraia tradicional era um golpe em que, de frente para o adversário, planta-se uma bananeira, ficando-se então de cabeça para baixo e de costas para o oponente,
e imediatamente atinge-se a cabeça do inimigo com uma violenta pancada dada com o calcanhar de um ou de ambos os pés.

4)Uniforme dos angoleiros.

Mestre Pastinha instituiu o uniforme dos angoleiros com as cores do seu time de coração, o Ypiranga, de Salvador. Para ele o capoeira devia jogar calçado.

5)Uniforme dos capoeiras da Regional.

Mestre Bimba aboliu os sapatos no treino e instituiu o uniforme branco baseado no costume da domingueira, a roupa elegante que o capoeirista vestia e que permanecia limpa mesmo depois do jogo, provando sua competência.

6)Descriminalização da Capoeira.

Depois de ver uma exibição de Capoeira no Rio de Janeiro, em 1937, o presidente Getúlio Vargas descriminalizou-a e decretou ser aquele o "esporte autenticamente brasileiro".
Até então, os capoeiristas podiam pegar de dois meses a três anos de prisão, com pena de deportação no caso de estrangeiros.

7)A inserção do berimbau na Capoeira.

Antigamente não havia música de fundo na Capoeira. No máximo, quem estava por perto marcava o ritmo com um tambor. Em seu fabuloso levantamento publicado em 1834, "Viagem Pitoresca e
histórica ao Brasil", Jean Baptist Debret deixou claro que os tocadores de berimbau tinham a intenção de chamar a atenção dos fregueses para o comércio dos ambulantes.

Um certo Henry Koster(inglês, que se radicou em Pernambuco, virou senhor de engenho e passou a ser chamado de Henrique Costa) escreveu em suas anotações de 1816 que de vez em quando, os escravos pediam licença para dançar em frente à senzala e se divertiam ao som de objetos rudes. Um deles era o atabaque.

O outro, "um grande arco com uma corda, tendo uma meia quenga de coco no meio ou uma pequena cabaça, amarrada". Era um instrumento de percussão trazido da África. A palavra vem do quimbundo, mbirimbau.

Segundo o folclorista Édison Carneiro, foi neste século, e na Bahia, que o instrumento se incorporou ao jogo da Capoeira, para marcar o ritmo dos praticantes. O que define um jogo rápido ou lento é o toque.


8)Capoeiras e políticos.

Os capoeiristas eram contratados pelos políticos para bagunçar no dia das eleições.
Enquanto as pessoas desviavam a atenção para a confusão dos capoeiras um indivíduo colocava um maço de chapas na urna ou na linguagem da época "emprenhava a urna". Vencia as eleições o candidato que dispunha de maior número de capoeiras.


9)Frevo.

O frevo nasceu quando a polícia pernambucana desbaratou as gangues de capoeiras que chutavam e abriam caminho para as bandas militares, furando o bumbo dos outros com o guarda-chuva(conduzido pelos capoeiristas pela necessidade de ter na mão como arma para ataque e defesa, já que a prática da capoeira estava proibida) que viria se tornar a sombrinha do carnaval de Recife, elemento complementar da dança, o passista à conduz como símbolo do frevo e como auxílio em suas acrobacias.

O frevo pernambucano figura, ao lado do maxixe carioca, entre as mais originais criações dos mestiços da baixa classe média urbana brasileira, no campo da música e da dança.

Os estudiosos do frevo pernambucano, embora discordando em vários pontos quanto a pormenores de sua história, são unânimes em concordar que a origem do passo (nome atribuído às figurações improvisadas pelos dançarinos ao som da música) se prendem à presença de capoeiras nos desfiles das duas mais famosas bandas
de músicas militares do Recife da segunda metade do século XIX: a banda do 4º Batalhão de Artilharia, chamado o Quarto, e a da Guarda Nacional, conhecida por Espanha por ter como mestre o músico espanhol Pedro Garrido.

O costume dos valentões abrirem caminho de desfiles gingando e aplicando rasteiras sempre fora comum em outros centros urbanos, como o Rio de Janeiro e Salvador, principalmente nas saídas de procissões. No caso especial do Recife, porém, a existência de duas bandas rivais em importância serviu para dividir os capoeiras
em dois partidos. E estabelecida essa rivalidade, os grupos de capoeiras começaram a demonstrar as excelências de sua agilidade à frente das bandas do Quarto e do Espanha, aproveitando o som da musga para elaborar uma complicada coreografia de balizas, uma vez que todos usavam bengalas ou cacetes da duríssima madeira de quiri.

Ao ritmo certamente marcial dessas bandas do Espanha e do Quarto (que partiria para o sul em 1865, quando da guerra do Paraguai), os capoeiras do Recife, além de começarem a transformar seu gingado em dança, improvisavam versos de desafio ao grupo rival.
Existem atualmente um número incontável de passos ou evoluções com suas respectivas variantes.

Os passos básicos elementares podem ser considerados os seguintes: dobradiça, tesoura, locomotiva, ferrolho, parafuso, pontilhado, ponta de pé e calcanhar, saci-pererê, abanando,
caindo-nas-molas e pernada, este último claramente identificável na capoeira.

A palavra é: FREVO! - A palavra frevo vem de ferver, por corruptela, frever, dando origem a palavra frevo, que passou a designar: "Efervecência, agitação, confusão, rebuliço; apertão nas reuniões de grande massa popular no seu vai-e-vem em direções opostas
como pelo Carnaval", de acordo com o Vocabulário Pernambucano de Pereira da Costa.

Divulgando o que a boca anônima do povo já espalhava, o Jornal Pequeno, vespertino do Recife, que mantinha a melhor secção carnavalesca da época, na edição de 12 de fevereiro de 1908, faz a primeira referência a palavra frevo.

10)Festa de Arromba.

Canjiquinha foi o criador da Festa de Arromba, jogada nas festa de Largo da Bahia.
Nessas comemorações vários capoeiristas se reuniam e jogavam em troca de dinheiro e bebida

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